Segundo dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2025, o Brasil será o sexto país do
mundo com o maior número de pessoas idosas. Daí, o alerta ao governo brasileiro
para a necessidade de se criar, o mais rápido possível, políticas sociais que
preparem a sociedade para essa realidade.
Ainda é grande a
desinformação sobre o idoso e sobre as particularidades do envelhecimento em
nosso contexto social. O envelhecimento humano, na verdade, quase nunca foi
estudado. Poucas escolas no país criaram cursos para auxiliar as pessoas mais
velhas. Uma prova disso é que até um tempo atrás, o médico que quisesse se
especializar em geriatria precisava estudar na Europa.
A Constituição de
1988, no entanto, deixou clara a preocupação e atenção que deve ser dispensada
ao assunto, quando colocou em seu texto a questão do idoso. Foi o pontapé
inicial para a definição da Política Nacional do Idoso, que traçou os direitos
desse público e as linhas de ação setorial.
Depois da criação
dessa Política, através da Lei 8.842, em 4 de janeiro de 1994, é que as
instituições de ensino superior passaram a se adaptar, a fim de atender a
determinação da Lei, que prevê a existência de cursos de Geriatria e
Gerontologia Social nas Faculdades de Medicina no Brasil. Nesse âmbito,
trabalhando com a terceira idade, existem duas entidades de relevo: a Sociedade
Brasileira de Geriatria e Gerontologia e a Associação Nacional de Gerontologia.
Bom esclarecermos que a geriatria é uma especialidade da medicina que trata da
saúde do idoso, enquanto a gerontologia vem a ser a ciência que estuda o
envelhecimento.
Um destaque no país
no auxílio à terceira idade é Brasília. Foi a primeira localidade a criar uma
Subsecretaria para Assuntos do Idoso, além de instituir o Estatuto do Idoso,
regido por princípios que registram o direito das pessoas mais velhas a uma
ocupação e trabalho, como ainda acesso à cultura, à justiça, à saúde e à
sexualidade, além, é claro, de poder participar da família e da comunidade.
Num país como o
nosso, que vê sua pirâmide populacional ser modificada pouco a pouco, tomarmos
conhecimento de entidades que se dedicam a mudar o perfil do idoso depressivo,
abandonado pela família e sem projetos é de extrema importância.
Levar ao conhecimento
da população os direitos dos idosos e cobrar desta população o dever de cumpri-los,
também é de extrema importância. Foi pensando nisso que, em dezembro de 2010, foi
criado o Conselho Municipal do Idoso em São Miguel dos Campos.
No dia 21 de julho de
2011 ocorreu no Clube da AABB a III CONFERÊNCIA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA DA
REGIÃO DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS, onde, após algumas palestras, foram discutidos
pelos participantes em mesa redonda, os seguintes eixos:
·
Eixo I –
Envelhecimento e Políticas de Estado: Pactuar caminhos intersetoriais;
·
Eixo II – Pessoa Idosa:
Protagonista da conquista e efetivação dos seus Direitos;
·
Eixo III –
Fortalecimento e Integração dos Conselhos: Existir, Participar, Estar ao
Alcance, Comprometer-se com a Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa;
·
Eixo IV – Diretrizes Orçamentária,
Plano Integrado e Orçamento Público da União, Estados e Municípios: Conhecer
para existir, Exigir para incluir e fiscalizar.
Alunas Idosas do “Projeto
Pratique Saúde no SUS”, do NUPS-SMC/AL, participaram como protagonistas (EIXO
II), expondo suas vivências e solicitando melhorias para a Vivência e Qualidade
de Vida dos Idosos existentes no município. Essas solicitações foram discutidas,
transformadas em propostas, e serão encaminhadas para análise dos Conselhos: Estadual
e Federal, onde poderão ser aprovadas e sancionadas como Lei.
Click aqui para ver mais fotos em nosso Orkut: NUPS-SMC/AL
Matéria escrita por: Claudia Nubia Marques Liberalquino.
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